Na sua juventude, o meu pai adorava fotografar e a minha mãe adorava posar para cada um dos seus cliques. Foi embrenhada num desses álbuns de profunda nostalgia, que a inspiração me encontrou. Num retrato da minha mãe onde a luz, na sua dualidade, a revelava e apagava do cenário encontrei a minha mãe do presente, envolta numa doença que a apaga lentamente do aqui e agora, da realidade. Naquele retrato melancólico, encontrei uma representação visual dos efeitos da demência, que a afasta um pouco mais de mim a cada dia.. Estava encontrado o ponto de partida para este projeto, faltava traçar um caminho.

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