Uma arquitetura que é indubitavelmente distinta pela sua clareza espacial, transparência, jogo de luz, reflexos, proporção e escala, o edifício da Escola Superior Artística do Porto projetado por Michele Cannatà, Fátima Fernandes e João Carreira afirma-se, aqui, como espaço de exploração, divagação e experimentação.
Numa experiência constante do espaço, que motiva à continuidade da exploração do território da ESAP, trabalhado já na narrativa visual desenvolvida numa fase inicial, serve agora como premissa para uma nova architectural promenade. Um trabalho que pretende explorar a criação de uma estrutura espacial maior, mais complexa, numa harmoniosa síntese que resulta da fusão de três outras, mais simples, que se soltam da maior. Num forte diálogo com os espaços selecionados, estas estruturas, para além da vertente expositiva a que se destinam, revelam-se como espaços de estar, de paragem e de contemplação. De dentro para fora, de fora para dentro, uma fusão entre o interior e o exterior, sem limite. Uma ideia de plasticidade, dinamismo, movimento, capaz de corresponder à continuidade dos percursos que caracterizam o interior da Escola Superior Artística do Porto.
“We want to create the purely organic building, boldly emanating its inner laws, free of untruths or ornamentation.“[1]
– Walter Gropius
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