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Reconhecendo o arquivo como uma ferramenta de investigação, em que a sua recombinação permeabiliza novas afinidades e analogias, no projeto que investigo a atividade extractivista do carvão, mais especificamente das Minas do Pejão localizadas na Bacia Carbonífera do Douro, recorro à edição e montagem de imagens fotográficas predominantemente da publicação regular “O Pejão” editada pela Empresa Carbonífera do Douro (ECD).
O arquivo é operado para anatomizar o impacto sociopolítico e identitário da atividade mineira sobre a comunidade deste território marcado pela tradição, extrativismo e abandono. Neste ensaio intitulado “Periódica”, as imagens de arquivo utilizadas desafiam a imagética desta atividade e a proveniência das fotografias conferindo-lhes uma relação aparentemente periférica e liminar.