Parque Residencial da Boavista
Ana Amélia Ferreira, Ana Carolina Varejão, João Diogo Afonso , Maria Inês Silva












Este trabalho tem como base real o Parque Residencial da Boavista e como base criativa a cidade fantástica de Valdrada, imagina por Italo Calvino. Valdrada era uma cidade dividida em duas partes simétricas, separadas pelo leito de um rio. Cada lado da cidade reproduz exatamente o outro, mas de forma invertida. Ainda assim, apesar da perfeita simetria, a cidade está em constante transformação, tanto as pessoas, como as casas e a paisagem. A referência surgiu após uma primeira visita ao bairro onde pudemos experienciar o que a arquitetura e o urbanismo nos tinham para oferecer.
Na aproximação ao local, sente-se de imediato a repetição dos blocos em contacto com a avenida, que é rematada por edifícios exceção, conduzindo-nos ao primeiro tema que apresentámos, a simetria. Apesar da fragmentação aparente, transmitida pelos vários blocos, a realidade é contraditória. Um bairro caracterizado como o melhor que se construiu nos anos 70 em Portugal, ainda hoje enaltecido na malha da cidade, tem certamente identidade, a qual nós fomos tentar descobrir.