Há lugares que não imaginamos como são fora do seu normal funcionamento, fora das situações stressantes e apertadas, e não é por não cabermos lá, é por não pensarmos como seria este lugar sem ninguém, quando estas pessoas estão todas a descansar e torna-se um lugar solitário sem ninguém e passa-se a ter liberdade de andar à vontade.
Nem todos os lugares são bonitos, nem todos são “instagramáveis” para ter gostos e seguidores sem existir qualquer história porque muita coisa se conhece através de um ecrã, mas há sempre lugares que apenas algumas pessoas conhecem, é o caso do piso -1 de um hospital, não é de todo confortável, não existem pelos melhores motivos, foram criados para ajudar quem mais precisa mas em alguns casos parecem estar esquecidos.
Grande parte das imagens são de zonas opostas no piso, umas de ligação a outras, vários disposições de salas, cores, locais improvisados, mas é importante existir variedade, é importante mostrar vários locais até para comparar a passagem do tempo, há zonas mais antigas e nota-se o tipo de parede, cor, porta, estilo de corredor e há outras mais modernas por exemplo a nível tecnológico ou arquitetónico.
O oposto é o tema geral do projeto, é o que não se vê, onde não passa ninguém, o que muitos já presenciaram e que desejam por lá passar, mas aqui o oposto de vazio não é cheio porque o próprio vazio na imagem é o que cria a situação e o momento.