faculdade de belas artes

Em Fotografia e Imagem é dada formação tecnológica aos estudantes, nomeadamente na introdução ao dispositivo fotográfico, através de procedimentos implícitos à prática laboratorial, tais como: manuseamento de equipamentos e materiais utilizados no contexto do registo em pequeno e médio formato, iluminação, técnicas de revelação e ampliação em película e papel. Esta aprendizagem é complementada com técnicas de fotografia primitiva e pesquisa orientada para processos biodegradáveis de captura e revelação fotográfica. A par da componente de formação tecnológica, as aulas expositivas incluem introdução a uma história das imagens fotográficas através das suas cópias, privilegiando a sua materialidade e o contacto presencial do estudante com diferentes tipologias de impressão, desde daguerreótipos, cianotipias, colódios húmidos, fototipias, albuminas, autocromes, antitipias, brometos, polaroids, fotocópias, etc.; um segundo módulo faz a introdução a uma história das câmaras fotográficas, com aprendizagem e acesso a diferentes formatos, marcas e acessórios de equipamento fotográfico provenientes do arquivo da FBA.UP.

Práticas da Fotografia tem como principal objectivo a concepção e produção de um projecto fotográfico individual, original, capacitando o estudante para desenvolver um pensamento autónomo e crítico no seu desenvolvimento técnico e conceptual, de modo a reconhecer a especificidade do meio fotográfico. Pretende igualmente promover conhecimentos avançados nas práticas de publicação e exposição fotográficas contemporâneas.

Em Fotografia e Edição analisa-se o contributo da história do livro para a historiografia do meio fotográfico de modo e são identificados distintas publicações fotográfica ao nível da impressão, sequência e respectiva divulgação, tanto no contexto nacional e no contexto internacional.

A  par da criação de um projecto editorial na área da fotografia é estudado a montagem do livro ao nível do formato, planos, cadernos, técnicas de impressão, seleção, sequência e encadernação.

Privilegiando uma historiografia cultural contra o modelo positivista das primeiras histórias, analisa-se o modo como a reclassificação dos arquivos fotográficos altera a condição discursiva da fotografia e a natureza da sua recepção e circulação. Equaciona-se a diversidade da natureza do arquivo — museológico, comercial ou privado e dos espaços que o manuseiam — bibliotecas, espaços comerciais, instituições públicas ou privadas, e o modo como este reflecte directamente a dimensão cultural do objecto fotográfico, sem uma sujeição exclusiva à sua função documental. Finalmente e acima de tudo, salienta-se a inflexão mútua da história e teoria da fotografia com as artes plásticas, e o modo como a invenção da primeira perturbou e alterou radicalmente a acção da segunda.